Pistis Sophia

O manuscrito Pistis Sophia. O documento, originalmente escrito em grego e tido como perdido, foi guardado pela Providência Divina numa tradução para o copto, o dialeto sahidico do sul do Egito em princípios de nossa era.
O códice foi levado para a Inglaterra cerca de 1772, adquirido por um médico colecionador de manuscritos antigos, o Dr. Askew, e mais tarde vendido ao Museu Britânico.O texto completo foi traduzido para o latim por volta de meados do século XIX, por M.G. Schwartze, (2) mas foi só no final do século passado e início deste que ele foi traduzido para línguas européias modernas (francês, alemão e inglês).
As melhores versões para o inglês foram produzidas por G.R.S. Mead (3) e Violet MacDermot. (4).
As traduções demoraram tanto a aparecer devido a dificuldade de entendimento do manuscrito, escrito em linguagem alegórica. Por mais de dois séculos Pistis Sophia frustrou as tentativas de eruditos e estudantes da tradição esotérica de entender as importantes instruções que sempre se acreditou encontrarem-se veladas no texto. Afinal, o livro pretende conter instruções esotéricas ministradas por Jesus a seus discípulos, após seu retorno dos mortos. Alguns eruditos, como Jean Dorese, (5) não conseguiram esconder sua frustração com a linguagem impenetrável repleta de simbolismos. Outros (6) sugeriram somente descrições gerais do texto, sem se aventurar em comentários analíticos e hermenêuticos.Finalmente, depois de muito estudo e meditação, e graças a anotações pouco conhecidas mas muito inspiradoras de Blavatsky (7) foi possível levantar uma boa parte do véu que esconde a mensagem iluminadora de Pistis Sophia. (8.)
Sabemos agora que os ensinamentos internos de Jesus, uma vez traduzido o seu simbolismo, podem oferecer instruções comparáveis em profundidade e abrangência com aqueles disponíveis nas tradições orientais. Na verdade, seus ensinamentos revelam um quadro tão claro dos princípios do homem e de suas implicações psicológicas, que parecem oferecer a fundação para a psicologia moderna apresentada por Carl G. Jung. (9).
Organização do texto.


Os dois outros cenários do texto são a narrativa da estória de Pistis Sophia e instruções adicionais aos discípulos na forma usual de diálogos. Uma imensa riqueza de informações é oferecida, incluindo a interpretação esotérica de diversas parábolas e ditados públicos de Jesus, bem como a natureza dos mistérios.
O Mito de Sophia


O Simbolismo

Pistis Sophia representa a alma, ou mais especificamente, a parte da alma que encarna, a parte da mente concreta que é a unidade de consciência do homem. Seu nome é uma chave para seu papel: Pistis é a palavra grega para ‘fé’. Não a fé cega, mas a fé que surge com a total convicção do conhecimento interior. Sophia é ’sabedoria’ em grego. Assim, seu nome composto indica o princípio fundamental (fé na Luz do Alto - um aspecto de Deus) que a capacita a realizar sua missão, ou seja, o desenvolvimento da sabedoria em ambos os mundos (material e espiritual). Seu par é Jesus, um símbolo para a natureza tríplice do Eu Superior, que permanece nas regiões do Alto, quando PS desce ao caos. Esta é uma das partes que oferece maior dificuldade para ao leitor, em virtude de nosso condicionamento mental com relação ao papel de Jesus na ortodoxia cristã.
No texto temos o termo ‘Jesus’ um momento representando o Mestre instruindo seus discípulos e, no momento seguinte, representando um dos três aspectos da natureza superior do homem: a mente concreta não conspurcada (o par de PS), a mente abstrata (o Salvador) e princípio Búdico ou intuição, também chamado de Cristo interior (o Primeiro Mistério Voltado para Fora).

Apesar de ‘caos’ ser uma região do Submundo, no sistema de PS, o termo é usado geralmente para transmitir a imagem de um estado psicológico, ou seja, o de desordem. Como Pistis Sophia é aquela parte da mente que age como unidade de consciência do homem, quando é dito que ela ‘cai no caos’, o que isto quer dizer é que ela torna-se vítima de desordens mentais que aparecem quando é tomada pelas emoções, desejos e paixões, tornando-se condicionada por nomes e formas, por valores culturais e morais, em suma, por toda uma gama de condições que representam uma virtual prisão para a alma encarnada no mundo. Assim, a descida de PS ao caos é uma descrição simbólica da entrada do homem no ciclo de encarnações, onde permanecerá até que sua missão seja cumprida.
A Cosmologia
O sistema cosmológico de Pistis Sophia é apresentado de forma sumária no quadro incluído a seguir. As principais entidades são mostradas em seus respectivos planos e regiões, juntamente com seus principais títulos. Deve ser lembrado que uma entidade pode ser ativa em seu próprio plano e nas regiões e planos abaixo dela. Assim, Pistis Sophia e o Autocentrado, cuja região de origem é o Décimo Terceiro Eon (Esquerda do Plano Psíquico) permanecem ativos no Plano Hílico justamente abaixo (o Plano Astral). O mesmo pode ser dito de Jesus agindo como o Primeiro Mistério Voltado para Fora, que exerce suas atividades em todos os três planos abaixo de sua região de origem.O sistema cosmológico de Pistis Sophia torna-se uma fonte de esclarecimentos quando a terminologia é despida de seu mistério.Dois estágios são claramente indicados, o imanifesto e a manifestação.
Quando o Inefável decide manifestar-se no processo de auto-expressão para realizar Seus propósitos, Ele projeta de Si mesmo toda uma série de entidades que são dispostas ao longo de cinco planos em ordem crescente de densidade. Estes planos poderiam ser chamados de acordo com a linguagem moderna: Divino (Os Mistérios do Inefável), Espiritual (Tesouro de Luz), Mente Concreta (Plano Psíquico), Astral (Hílico) e Físico (Material).
A característica inovadora da cosmologia de PS é que cada plano é dividido em três regiões: direita, meio e esquerda. A direita é sinônimo de superior e a esquerda de inferior. As entidades da direita têm a função de estabelecer os ideais ou arquétipos, as do meio de manutenção ou sustentação, garantindo condições apropriadas e, finalmente, as da esquerda estão engajadas na implementação das atividades estabelecidas para cada plano. Seus papéis poderiam ser descritos como o de pai, mãe e filho ou, também, de semente, solo e fruto.
A COSMOLOGIA DE PISTIS SOPHIA O INEFÁVEL (não manifestado ADI) Os Membros, ou Palavras do InefávelA 12ª Hierarquia (Mônadas ou ANUPÂDAKA)..
MISTÉRIOS DO INEFÁVEL (PLANO DIVINO: ATMICO E BÚDICO)1º Espaço do Inefável, O Mistério do Inefável (LOGOS)2º Espaço do Inefável, ou 1º Espaço do Primeiro Mistério (ATMA)o Primeiro Mistério Voltado Para Dentro3º Espaço do Inefável, ou 2º Espaço do Primeiro Mistério (BUDDHI)o Primeiro Mistério Voltado Para ForaO Primeiro Preceito (o Revelador)As 5 ImpressõesA Grande Luz das LuzesOs 5 Auxiliares..
TESOURO DE LUZ, PLEROMA (MANAS SUPERIOR)Região da DIREITAIEU (Sol Espiritual), Supervisor da Luz, 1º HomemMELQUISEDECO GRANDE SABAOTH, o Bom:7 Vozes, ou Améns5 Árvores3 AménsRegião do MEIOO SALVADOR GÊMEO (Criança da Criança)Região da ESQUERDA12 Salvadores com 12 Poderes..
PLANO PSÍQUICO, OU MISTURA (MANAS INFERIOR)Região da DIREITASabaoth, o Bom5 Regentes Planetários com 360 PoderesRegião do MEIOPequeno Iao, o BomVirgem de Luz:7 Virgens de Luz15 Auxiliares12 MinistrosRegião da ESQUERDA, Região da Retidão, Região do 13º EonO Grande Ancestral Invisível e seu par, BarbelôOs Dois Grandes Poderes Tríplices24 Invisíveis (incluindo Pistis Sophia e seu Par)O 3º Poder Tríplice = Autocentrado..
PLANO HÍLICO, SIDERAL (ASTRAL)Os 12 EONSPoder com Cara de LeãoA PROVIDÊNCIAESFERA..
PLANO MATERIAL (FÍSICO)FIRMAMENTO (Etérico)MUNDO (COSMO) dos HomensSUBMUNDO: Orcus, ou Amente, Caos e Escuridão Exterior..



Interpretação do Mito
O mito é mais uma representação do retorno da alma à Casa do Pai. Pistis Sophia ‘cai’ de sua região original, perseguindo uma miragem, um reflexo da Luz do Alto visto no plano inferior como um poder com cara de leão, que é o poder da matéria, ou seja, o egoísmo. Esta queda devido a ignorância (12) foi seu ‘pecado original’, mas é dito que Pistis Sophia agiu assim sob o comando do Primeiro Mistério, ou seja, seguindo um impulso interior para obedecer o desígnio do Plano Divino, provavelmente com o objetivo de que o Espírito pudesse manifestar-se inteiramente através da matéria, ou, de acordo com recomendação bíblica: ‘deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ (Mt 5:48).
Com algum esforço da imaginação podemos visualizar a unidade de consciência do homem aventurando-se do plano mental e lentamente sendo seduzida pelas vibrações totalmente novas das emoções e dos sentimentos, dos desejos e das paixões. À medida que Pistis Sophia consentia a estas vibrações ela se tornava cada vez mais emaranhada neste novo nível vibratório e, com a repetição, tornava-se tão impregnada com elas que se estabelece um condicionamento, ou tendência, mantendo-a virtualmente prisioneira do caos.
O texto deixa implícito que quando a unidade de consciência, Pistis Sophia, desce ao caos, isto significa que o homem encarna-se, isto é, assume os veículos necessários para a manifestação no mundo material. Isto quer dizer que tanto no plano astral como no físico a alma é ‘envolvida’ por ‘corpos’ apropriados para o funcionamento naquele plano, como um homem colocando um escafandro para poder atuar no fundo do mar.
Deve ser lembrado que as entidades da região do meio tem a função maternal de prover as condições apropriadas e de nutrir. Assim, no plano astral, a Providência lega todas as tendências de outras vidas que oferecem inúmeras oportunidades para o indivíduo aprender todas as lições que ainda não foram aprendidas. No plano físico, a região do meio fornece um corpo físico ao indivíduo que é adequado para vivenciar o tipo de vida que o aguarda, resultado de seu carma.É interessante notar que a estória de Sophia expressa a realidade como vista do Alto, isto é, de um ponto de vista espiritual.Assim, quando Pistis Sophia reclama que os regentes dos eons estão oprimindo-a, tentando tirar a sua luz, isto pode expressar o fato de que a personalidade experimentou uma vibração pesada, agressiva ou desagradável, como um ataque de raiva, um sentimento de ódio, disse uma mentira, etc. Mas uma ‘opressão dos regentes’ também pode significar, do ponto de vista da personalidade, experiências imoderadas de gratificação dos sentidos, que para o homem do mundo representam ‘alegria de viver’ ou ‘diversão’, mas que para a alma, vendo a realidade do ponto de vista da luz interior, representam uma aflição pela qual ela terá que pagar caro.
Os inimigos do homem estão entrincheirados dentro de seu próprio castelo, ou seja, são suas próprias emoções, desejos e paixões sob o comando do Autocentrado, a personalidade egoísta, presunçosa e orgulhosa.
Pistis Sophia busca sua libertação com seus ‘arrependimentos’, treze ao todo, seguidos por onze canções de louvor à luz. A palavra ‘arrependimento’ está no cerne da tradição cristã, porém, no original grego, metanoia, tinha o significado bem mais amplo de mudança na maneira de pensar, ou mudança no estado mental da pessoa, que tinha como uma de suas conseqüências o que hoje chamamos de arrependimento. Portanto, cada ‘arrependimento’ no mito está indicando que o homem está passando por uma transformação mental, que por sua vez se reflete em mudanças de atitudes, valores e comportamento. O Caminho, ou Senda, tão decantado em todas as tradições esotéricas, apesar de ter uma conotação de estrada física é, na verdade, este processo de mudança interior. Esta verdade está por trás da declaração de que o homem não pode entrar no Caminho até que ele se torne o Caminho.Esta chave para a evolução humana, a transformação da mente, está implícita na frase poética de João da Cruz, ‘transcendendo a razão com meus pensamentos’, e explícita na recomendação de Paulo aos romanos: ‘E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito’ (Rm 12:2).
Como não poderia deixar de ser, a recomendação para transformar a mente é também o axioma central da doutrina budista.A natureza esotérica dos ensinamentos de PS é constatada neste enfoque fundamental para a salvação, ou seja, a mudança de dentro para fora, e não meramente a obediência a uma série de preceitos, como na tradição ortodoxa judaica de obediência aos 613 preceitos da Tora. Jesus torna este ponto bem claro em seus ensinamentos públicos quando diz: ‘Com efeito, eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus’ (Mt 5:20).
Em nenhuma parte do texto de Pistis Sophia encontramos Jesus pregando um código de comportamento. O que é dito e reiterado é que o homem deve renunciar a este mundo e transformar a sua mente se pretende buscar e receber os mistérios que lhe abrirão as portas da Herança da Luz. Se por um lado as parábolas de Jesus e outros ensinamentos públicos atacam com freqüência a sabedoria convencional expressa como a obediência à Lei Mosaica, (13) parece haver uma clara intenção em Pistis Sophia de indicar que os ensinamentos de Jesus tinham um elo com a tradição dos Profetas, especialmente com os Salmos de Davi, as Odes de Salomão e as profecias de Isaias, pois estes são citados como ‘interpretação’ dos arrependimentos e canções de louvor de PS.
Os vinte e quatro arrependimentos e invocações proferidos por Pistis Sophia são indicativos da natureza lenta do processo de transformação necessário para tornar um homem do mundo no ‘estado de Homem Perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo’ (Ef 4:13). Cada arrependimento indica um estágio de renovação da mente no caminho espiritual.Quando os arrependimentos e canções de louvor de Pistis Sophia são examinados mais detidamente, nota-se alguns pontos de inflexão indicando mudanças fundamentais em sua situação, à medida que ela livra-se lentamente do caos. Estes pontos de inflexão podem ser associados às cinco grandes iniciações da tradição esotérica.Os insistentes apelos de Pistis Sophia à Luz do Alto são finalmente ouvidos e, após seu sexto arrependimento, seu pecado de descer ao caos sozinha sem seu par é perdoado e Jesus, por sua própria conta (o poder da Mente), leva Pistis Sophia para ‘uma região um pouco mais espaçosa no caos’. Este alívio relativo das opressões do caos parece uma indicação da Primeira Iniciação.
Quando os regentes notaram que Pistis Sophia não tinha sido retirada inteiramente do caos, retornaram com esforços redobrados para afligi-la e, então, ela continuou a apresentar seus arrependimentos. Depois do nono arrependimento, sua súplica pedindo ajuda à Luz foi parcialmente aceita e Jesus foi enviado pelo Primeiro Mistério (a mente pura reforçada pelo poder do Cristo interior) para ajudá-la a escapar secretamente do caos.A partir deste momento Pistis Sophia percebe Jesus como uma Luz brilhando intensamente, provavelmente uma indicação da abertura de sua visão espiritual, ou expansão de consciência devido a Segunda Iniciação.

Como não poderia deixar de ser, a recomendação para transformar a mente é também o axioma central da doutrina budista.A natureza esotérica dos ensinamentos de PS é constatada neste enfoque fundamental para a salvação, ou seja, a mudança de dentro para fora, e não meramente a obediência a uma série de preceitos, como na tradição ortodoxa judaica de obediência aos 613 preceitos da Tora. Jesus torna este ponto bem claro em seus ensinamentos públicos quando diz: ‘Com efeito, eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus’ (Mt 5:20).
Em nenhuma parte do texto de Pistis Sophia encontramos Jesus pregando um código de comportamento. O que é dito e reiterado é que o homem deve renunciar a este mundo e transformar a sua mente se pretende buscar e receber os mistérios que lhe abrirão as portas da Herança da Luz. Se por um lado as parábolas de Jesus e outros ensinamentos públicos atacam com freqüência a sabedoria convencional expressa como a obediência à Lei Mosaica, (13) parece haver uma clara intenção em Pistis Sophia de indicar que os ensinamentos de Jesus tinham um elo com a tradição dos Profetas, especialmente com os Salmos de Davi, as Odes de Salomão e as profecias de Isaias, pois estes são citados como ‘interpretação’ dos arrependimentos e canções de louvor de PS.
Os vinte e quatro arrependimentos e invocações proferidos por Pistis Sophia são indicativos da natureza lenta do processo de transformação necessário para tornar um homem do mundo no ‘estado de Homem Perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo’ (Ef 4:13). Cada arrependimento indica um estágio de renovação da mente no caminho espiritual.Quando os arrependimentos e canções de louvor de Pistis Sophia são examinados mais detidamente, nota-se alguns pontos de inflexão indicando mudanças fundamentais em sua situação, à medida que ela livra-se lentamente do caos. Estes pontos de inflexão podem ser associados às cinco grandes iniciações da tradição esotérica.Os insistentes apelos de Pistis Sophia à Luz do Alto são finalmente ouvidos e, após seu sexto arrependimento, seu pecado de descer ao caos sozinha sem seu par é perdoado e Jesus, por sua própria conta (o poder da Mente), leva Pistis Sophia para ‘uma região um pouco mais espaçosa no caos’. Este alívio relativo das opressões do caos parece uma indicação da Primeira Iniciação.
Quando os regentes notaram que Pistis Sophia não tinha sido retirada inteiramente do caos, retornaram com esforços redobrados para afligi-la e, então, ela continuou a apresentar seus arrependimentos. Depois do nono arrependimento, sua súplica pedindo ajuda à Luz foi parcialmente aceita e Jesus foi enviado pelo Primeiro Mistério (a mente pura reforçada pelo poder do Cristo interior) para ajudá-la a escapar secretamente do caos.A partir deste momento Pistis Sophia percebe Jesus como uma Luz brilhando intensamente, provavelmente uma indicação da abertura de sua visão espiritual, ou expansão de consciência devido a Segunda Iniciação.



Comentários finais
Com a parábola do tesouro escondido, Pistis Sophia está pronta para entregar a todo homem ou mulher que cultivar com afinco seu solo, um verdadeiro tesouro enterrado de ensinamentos esotéricos, escondidos ali pelo Mestre para benefício de seus discípulos de todos os tempos, e não somente para aqueles que o seguiram durante sua vida terrena na Palestina há dois mil anos atrás.Parece que com o desvelar dos diferentes níveis de manifestação e dos ‘arrependimentos’ o livro está tentando despertar o homem para a realidade de sua origem divina e de sua missão na Terra. Ao longo da estória de Sophia e do restante do livro existem muitos ensinamentos que podem tocar a alma de cada leitor de uma maneira diferente. Neste senso o texto é mágico. Ele foi preparado para trabalhar em cada coração sincero que esta buscando com ardor e determinação as chaves para abrir as portas do Reino dos Céus.
Raul Branco
Notas(1) Os ensinamentos internos de Jesus, publicado pela revista TheoSophia, edição de junho de 1998.(2) Schwartze, M.G., Pistis Sophia: opus gnosticum Valentino adiudicatum e codice manuscripto coptico Londinensi descriptum (Berlin: J. Petermann, 1851).(3) Mead, G.R.S., Pistis Sophia: A Gnostic Miscellany (London: J.M. Watkins, 1921).(4) MacDermot, Violet, Pistis Sophia (Leiden, The Netherlands: E.J. Brill, 1978.)(5) Dorese, Jean, The Secret Books of the Egyptian Gnostics (NY: the Viking Press, 1964), pg. 64.(6) Isto aconteceu com alguns dos mais respeitados eruditos do gnosticismo, como Kurt Rudolph, Gnosis: The Nature & History of Gnosticism (Harper San Francisco, 1987), e W. Schneemelcher, New Testament Apocrypha (Wetminster/John Knox Press, 1991)(7)Blavatsky, H.P., “H.P.B.’s Commentary on the Pistis Sophia”, em Collected Writings, vol. 13, pg. 1-81.(8.) Branco, Raul, Pistis Sophia, Os Mistérios de Jesus (R.J.: Bertrand Brasil, 1997).(9) Memories, Dreams, Reflections, op.cit., pg. 205.(10) Estas três vestes de luz parecem ter uma correspondência com a tradição budista dos três veículos espirituais: Dharmakaya, Sambhogakaya e Nirmanakaya (vide H.P. Blavatsky, A Voz do Silêncio, S.P., Pensamento)(11) Manu é uma palavra sanscrita. Este Ser semidivino é o criador primordial de cada grande Raça-Raiz. Na Vedanta ele corresponde ao grande legislador, um ser auto-existente, portanto, uma emanação do Logos e o antepassado da humanidade.(12) A ignorância, ou avidya, tem um papel central no budismo como a fonte de todo sofrimento, o primeiro dos cinco kleshas.(13) Vide Marcus J. Borg, Jesus. A New Vision (Harper San Francisco, 1991), pg. 97-116.14) Palavra sanscrita que significa ‘aquele que merece as honras divinas’, usada tanto por hinduistas como pelos budistas para referir-se aos homens sagrados que se libertaram da necessidade de reencarnar, e que poderiam então entrar e permanecer no Nirvana até o final do ciclo ou, movido por compaixão pela humanidade sofredora, poderiam optar por permanecer no ciclo de renascimentos para ajudar os homens a se libertarem do sofrimento.(15) Vide, E. Underhill, Mysticism. The Nature and Development of Spiritual Consciousness (Oxford, England: One World Publications, 1993), pg. 380-412.(16) Vide, J. Robinson (ed), The Nag Hammadi Library in English (New York: Harper Collins, 1990)(17) G. Hodson, A Vida do Cristo do Nascimento à Ascensão, op.cit., pg. 154.
2 Comentários:
Meu querido amigo os seus textos só alimentam o meu aprendizado!
Vou ler e reler!!!
Muitos beijos, Luz e Paz!!!
Grata pelo texto elucidativo e cheio de boa vontade.
convido a conhecer meu blog: www.eftbrasil.blogspot.com
me ajudou muito a entender alguns processos que estou passando.
grata
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial