segunda-feira, 4 de abril de 2016

Avalokiteshvara

Conta-se que, há inumeráveis eras, mil príncipes juraram tornar-se Budas.
Um deles quis tornar-se o Buda que conhecemos como Sidarta Gautama.
Avalokiteshvara, no entanto, prometeu não obter a iluminação até que todos os outros mil príncipes a tivessem conseguido.
Na sua infinita compaixão, ele também fez o voto de liberar todos os seres sencientes do sofrimento dos vários reinos do samsara.
Diante dos Budas das dez direções, ele rezou: “Possa eu ajudar todos os seres, e se alguma vez cansar nesse trabalho imenso, possa o meu corpo ser despedaçado em mil partes”.
Conta-se que primeiro ele desceu aos infernos, subindo gradualmente através do mundo dos fantasmas famintos até o reino dos deuses.
De lá olhou para baixo e viu horrorizado que, embora tivesse salvo inúmeros seres do inferno, incontáveis outros estavam caindo lá.
Isso o deixou na mais profunda dor.
Por um instante ele quase perdeu a fé no seu nobre voto, e seu corpo explodiu em mil pedaços.
Em desespero, pediu ajuda a todos os Budas, que vieram em sua direção de todos os recantos do universo como uma suave tempestade de neve com seus flocos brancos, segundo diz um texto.
Com seu grande poder, os Budas deixaram-no inteiro de novo, e a partir de então Avalokiteshvara tem onze cabeças e mil braços, e em cada palma das mil mãos tem um olho, significando a união da sabedoria e dos meios hábeis, marca da verdadeira compaixão.
Nessa forma ele ficou ainda mais resplandecente e poderoso do que antes para ajudar todos os seres, e sua compaixão aumentou de intensidade com a contínua repetição de seu voto diante dos Budas: “Possa eu não obter o estado búdico supremo antes que todos os seres sencientes alcancem a iluminação”.
Avalokiteshvara no Pelkor Chode Monastery -Gyantse-Tibet. photo © by god anubys

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