quinta-feira, 12 de março de 2015

Como vivenciar a Gnosis* dentro de seu próprio ser?


Sempre houve gnósticos, em todos os tempos. É que a Gnosis ou sabedoria divina, sempre foi e ainda é a força que pode comunicar-se diretamente com todos os seres humanos, sem necessitar de sistemas religiosos e tradições.
A palavra Gnosis vem do grego e significa “Luz do Conhecimento”.
Geralmente, pouco e raramente se sabe que tipo de conhecimento e crença os gnósticos possuem, ou que caminho espiritual seguem.
A Gnosis somente pode ser vivenciada por alguém que está em ligação direta com ela, a partir de seu coração.
No entanto, essa ligação muda de tal modo essa pessoa que, no final, ela já não é a mesma de antes.
A Gnosis não é uma estrutura complexa de ideias, embora as antigas escrituras falem uma linguagem que não se revela facilmente ao leitor.
Qualquer pessoa que tenta abordar os antigos textos gnósticos de modo unicamente intelectual dificilmente será capaz de compreender a essência de sua mensagem espiritual.
Neles, parece existir uma força, um poderoso alento que flui através das palavras, que impulsiona o leitor às profundezas de sua mente. Mas, quando ele abre seu coração, sua intuição, e quando ele tem fé, pode descobrir esse transformador “Alento de Deus”.

Um dos mais famosos textos gnósticos é O Mistério da Pistis Sophia. O título indica com muita precisão a natureza da Gnosis como a ligação entre a Fé insolúvel (Pistis, Πίστη) e a Sabedoria (Sophia, Σοφία).
A Gnosis é uma irradiação, uma Luz espiritual.
A Gnosis é o conhecimento absoluto. Ela é revelada pelo próprio Ser divino. Ela não exige nenhuma habilidade intelectual humana, nem clama por emoções, nem é uma religião.
Ela não pode ser escrita, por mais que tantos e tantos escritos sejam testemunhos dela.
Ela também não pode ser ensinada por nenhuma pessoa. O mediador é a própria Gnosis.
A Gnosis é revelada ao homem por meio de um caminho interior que não pode ser nem compreendido nem seguido com os poderes do ego.
É que a luz gnóstica toca o coração do homem, que aspira e se permite ser tocado.
É aí, no coração, que reside o núcleo espiritual desse ser: a centelha divina, o princípio imortal que repousa no interior do ser humano.
Essa centelha divina não provém do mundo mortal da criação, no qual o homem vive. Ela nasceu na eternidade, a partir da qual a Gnosis existe.

Enquanto existir uma luz na individualidade mais recôndita da natureza humana, enquanto existirem homens e mulheres que se sintam semelhantes a essa luz, sempre haverá Gnósticos no mundo.

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