quarta-feira, 6 de maio de 2015

Oito coisas fazem uma pessoa ficar fraca

Atisha Dipankara, um dos maiores eruditos budistas da Índia, tinha um modo maravilhoso de colocar isto. Ele disse: “Oito coisas fazem uma pessoa ficar fraca”. Ele estava se referindo aos oito dharmas mundanos, ou oito armadilhas nas quais caímos:
1 Querer ser elogiado;
2 Não querer ser criticado;
3 Querer ganhar;
4 Não querer perder;
5 Querer prazer;
6 Não querer dor;
7 Querer ser reconhecido;
8 Não querer ser ignorado.
Então, devemos verificar se caímos em qualquer uma destas armadilhas. Eu caio em todas elas, especialmente na primeira, querer ser elogiado. Sempre gosto de ser elogiado, essa é a minha maior fraqueza. Estou certo de que isto acontece com muitos de nós; palavras pequenas, superficiais, inúteis e ridículas de louvor podem nos fazer realmente, realmente fracos. O mesmo acontece com a crítica; algumas palavras ridículas e insignificantes de crítica podem nos ferir para sempre.
Penso que todos vocês sabem do que estou falando: como gostamos de ganhar, como não gostamos de perder; o quanto amamos a atenção; o quanto não gostamos de ser ignorados… Todas estas são armadilhas. Se cairmos em uma destas armadilhas, nos tornaremos fracos.
Eu caio nestas oito armadilhas todo o tempo. Não quero perder amigos, quero ser louvado, não quero ser criticado, quero ganhar discípulos, quero ter atenção, não quero ser ignorado. Então, o que faço? A fim de obter o que quero e de evitar o que não quero, eu termino massageando o ego de outras pessoas.
Idealmente, se eu fosse um professor de verdade, eu deveria estar lhes dizendo o que vocês precisam ouvir, o que pode ser bem doloroso. Se eu realmente assumir seriamente o meu papel de amigo espiritual, isto irá ferir o seu ego. A linha de fundo é que o caminho espiritual é ir além do desejo do ego. Peço desculpas por dizer isto, mas este é o único caminho.
Dzongsar Khyentse Rinpoche

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