Gnosis
Gnosis é conhecimento, mas não um conhecimento deste mundo, que é um conhecimento adquirido em livros ou recebido por transmissão oral.
Não se obtém a Gnosis numa universidade, nem mesmo após a experiência de uma vida inteira.
A Gnosis não é um conhecimento obtido com base em uma fonte que está fora de nós, um conhecimento que pode ser empilhado e conservado.
Ela não pode ser oferecida por ninguém, nem pode ser comprada.
Ela é, com toda razão, chamada de “conhecimento do coração”.
Sua fonte encontra-se em nós mesmos. Ela não nasce após longos e profundos pensamentos, mas, de preferência, pela contemplação.
Não se trata de escavar nossa memória, pois a Gnosis é, sobretudo, uma revelação.
Sua sede é a alma pura, e sua fonte é o Espírito, ou a Luz. Ela não pode ser formulada nem expressa por meio de palavras; ela revela-se diretamente à consciência.
Se a Gnosis não pode ser formulada, por que tantos grandes homens falaram ou escreveram livros sobre ela?
As palavras que eles pronunciaram ou os livros que escreveram sem dúvida são gnósticos. Mas gnóstico não é mesma coisa que Gnosis, assim como animalesco não é a mesma coisa que animal, nem aéreo é a mesma coisa que ar. Se ligarmos uma lâmpada servindo-nos de dois fios de cobre ligados a uma fonte de energia, ela acenderá. Os fios de cobre não são, portanto, a eletricidade, eles apenas permitem a passagem da corrente.
Do mesmo modo um livro gnóstico nunca é a Gnosis em si. Mas ele pode ligar-nos à Gnosis que está em nós, razão pela qual dizemos: “Não confundas a roupagem da Gnosis com a Gnosis em si”.
Quando Mani fala do sol, ele está referindo-se à luz com a qual podemos ligar-nos no interior do templo; ele está evocando, o sol que está por trás do sol.
Podemos ler sobre isso nos Kephalaia:
"Muitos aspectos tem o sol:
Há a sua luz, com a qual ele ilumina
o mundo e todas as suas criaturas.
Há a sua beleza radiante,
que ele esparge sobre todas as criaturas.
Há a sua paz, pois logo que ele
ilumina o mundo, os seres humanos
recebem sua saudação de paz
e a transmitem entre si.
Há a vida da alma viva,
que é libertada pelo sol
de todas as cadeias e de todos os laços.
Ele dá força aos elementos
e odor e gosto à inteira cruz de luz.
Assim como sua luz é mais brilhante
do que todas as luzes no mundo,
assim também sua beleza é mais imponente
do que toda a beleza humana.
Sua paz vence todos os poderes do mundo.
A salvação com que ele redime a alma viva
significa infinitamente mais
do que todas as outras redenções.
A força que ele dá à alma
é mais forte do que todas as outras forças.
O sol possui ainda um aspecto triplo profundo
concernente ao mistério de sua primeira grandeza.
Há a carga de sua barca,
que não diminui como a barca da lua.
Essa plenitude manifesta o mistério do
Pai da Grandeza,
de quem se originam todos os poderes divinos.
Inviolável, ela nunca diminui."
No templo, o buscador é ligado à verdade. Para ele, a verdade surge como algo que percebe e vê.
O mundo pode ser a verdade para nós. Se verdadeiramente aprendemos a ver o mundo tal como ele é, então conheceremos a
verdade do mundo em sua finitude, seu fluxo e refluxo, seu ascender e decair, suas ilusões e sua falta de perspectivas.
Então, abrimo-nos a uma verdade superior, a um novo modo de ver. A revelação é uma percepção de algo que estava oculto para
nós. A revelação de uma verdade superior, não é um saber adquirido graças a um livro, a um curso ou a um mestre.
A revelação é a visão de uma realidade superior percebida por outros órgãos que não os olhos. A visão da verdade consiste em três coisas:
A fé é como um reconhecimento da realidade da supranatureza, por exemplo nas palavras, nos textos e imagens.
A esperança é a visão da realidade do Pai.
O amor é a vida nessa realidade, dessa realidade, para essa realidade. Pai, Filho e Espírito Santo.
A fé provém do Pai. A esperança provém do Filho, que nos explica o Pai. O amor provém do Espírito Santo, que é a vida una.
"Não és nada daquilo que acreditas ser.
Na realidade és o homem-espírito
que era, que é, e que há de vir.
Recebeste o dom do Espírito.
Recebi o dom do Espírito?
Não, não o recebeste neste sentido,
porém ele vive em ti.
É tua tarefa viver nele,
assim como ele vive em ti."
Não se obtém a Gnosis numa universidade, nem mesmo após a experiência de uma vida inteira.
A Gnosis não é um conhecimento obtido com base em uma fonte que está fora de nós, um conhecimento que pode ser empilhado e conservado.
Ela não pode ser oferecida por ninguém, nem pode ser comprada.
Ela é, com toda razão, chamada de “conhecimento do coração”.
Sua fonte encontra-se em nós mesmos. Ela não nasce após longos e profundos pensamentos, mas, de preferência, pela contemplação.
Não se trata de escavar nossa memória, pois a Gnosis é, sobretudo, uma revelação.
Sua sede é a alma pura, e sua fonte é o Espírito, ou a Luz. Ela não pode ser formulada nem expressa por meio de palavras; ela revela-se diretamente à consciência.
Se a Gnosis não pode ser formulada, por que tantos grandes homens falaram ou escreveram livros sobre ela?
As palavras que eles pronunciaram ou os livros que escreveram sem dúvida são gnósticos. Mas gnóstico não é mesma coisa que Gnosis, assim como animalesco não é a mesma coisa que animal, nem aéreo é a mesma coisa que ar. Se ligarmos uma lâmpada servindo-nos de dois fios de cobre ligados a uma fonte de energia, ela acenderá. Os fios de cobre não são, portanto, a eletricidade, eles apenas permitem a passagem da corrente.
Do mesmo modo um livro gnóstico nunca é a Gnosis em si. Mas ele pode ligar-nos à Gnosis que está em nós, razão pela qual dizemos: “Não confundas a roupagem da Gnosis com a Gnosis em si”.
Quando Mani fala do sol, ele está referindo-se à luz com a qual podemos ligar-nos no interior do templo; ele está evocando, o sol que está por trás do sol.
Podemos ler sobre isso nos Kephalaia:
"Muitos aspectos tem o sol:
Há a sua luz, com a qual ele ilumina
o mundo e todas as suas criaturas.
Há a sua beleza radiante,
que ele esparge sobre todas as criaturas.
Há a sua paz, pois logo que ele
ilumina o mundo, os seres humanos
recebem sua saudação de paz
e a transmitem entre si.
Há a vida da alma viva,
que é libertada pelo sol
de todas as cadeias e de todos os laços.
Ele dá força aos elementos
e odor e gosto à inteira cruz de luz.
Assim como sua luz é mais brilhante
do que todas as luzes no mundo,
assim também sua beleza é mais imponente
do que toda a beleza humana.
Sua paz vence todos os poderes do mundo.
A salvação com que ele redime a alma viva
significa infinitamente mais
do que todas as outras redenções.
A força que ele dá à alma
é mais forte do que todas as outras forças.
O sol possui ainda um aspecto triplo profundo
concernente ao mistério de sua primeira grandeza.
Há a carga de sua barca,
que não diminui como a barca da lua.
Essa plenitude manifesta o mistério do
Pai da Grandeza,
de quem se originam todos os poderes divinos.
Inviolável, ela nunca diminui."
No templo, o buscador é ligado à verdade. Para ele, a verdade surge como algo que percebe e vê.
O mundo pode ser a verdade para nós. Se verdadeiramente aprendemos a ver o mundo tal como ele é, então conheceremos a
verdade do mundo em sua finitude, seu fluxo e refluxo, seu ascender e decair, suas ilusões e sua falta de perspectivas.
Então, abrimo-nos a uma verdade superior, a um novo modo de ver. A revelação é uma percepção de algo que estava oculto para
nós. A revelação de uma verdade superior, não é um saber adquirido graças a um livro, a um curso ou a um mestre.
A revelação é a visão de uma realidade superior percebida por outros órgãos que não os olhos. A visão da verdade consiste em três coisas:
A fé é como um reconhecimento da realidade da supranatureza, por exemplo nas palavras, nos textos e imagens.
A esperança é a visão da realidade do Pai.
O amor é a vida nessa realidade, dessa realidade, para essa realidade. Pai, Filho e Espírito Santo.
A fé provém do Pai. A esperança provém do Filho, que nos explica o Pai. O amor provém do Espírito Santo, que é a vida una.
"Não és nada daquilo que acreditas ser.
Na realidade és o homem-espírito
que era, que é, e que há de vir.
Recebeste o dom do Espírito.
Recebi o dom do Espírito?
Não, não o recebeste neste sentido,
porém ele vive em ti.
É tua tarefa viver nele,
assim como ele vive em ti."
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