terça-feira, 24 de janeiro de 2012

"Deus" no banco dos réus


Demiurgo: Para os Gnósticos, esta entidade seria o "deus" do Antigo Testamento da Bíblia. Este ente tem a arrogância típica dos que se acham onipotentes. Criador de tudo que conhecemos, acha que todos devem curvar-se a sua vontade: "Não terás outros deuses diante de mim".

No mito Gnóstico (Hoje a palavra mito, significa alguma coisa inveridica, irreal ou ficticia. Entretanto ela deriva do vocábulo grego mythos, que em seu uso original significa uma explicação da realidade que lhe confere significado) o Demiurgo foi gerado pelo Aeon Sophia após sua queda. Ao ser gerado, criou o mundo material com o objetivo de governar e aprisionar na matéria as partículas divinas provenientes do Inefável.

Querendo libertar as almas aprisionadas ao mundo material, Sophia rebela-se contra o Demiurgo, o Verdadeiro Deus Inefável envia aos homens o seu filho mais querido, o Aeon Christós ou Cristo que desce ao mundo material com o objetivo de transmitir a "Gnosis" (conhecimento) às almas para que elas tenham consciência de sua identidade divina e partam para o Pleroma libertando-se do jugo e da escravidão do Demiurgo.

Com o objetivo de impedir que isso ocorra, o Demiurgo cria inúmeras ilusões e prazeres materiais efêmeros para afastar as Almas de sua legítima parcela divina, de modo que estas estejam presas e sejam escravas do mundo material. O Demiurgo é o governante desta pequena Esfera de Vida onde reina absoluto. O Demiurgo possui vários nomes: Samael (deus cego), Yaldabaoth(criança do Caos), e outros...


O Mito:

De Sophia, a mãe celestial de todas as coisas vivas, nasceu aquele que tornaria o formador e regente do sistema de criação. Ela sentiu grande tristeza e angustia quando o gerou, pois estava sozinha em um abismo de trevas e sua luz tinha diminuído. Sophia viu que seu descendente era capaz de mudar de forma. Ela se arrependeu de ter gerado um ser em sua solidão e o chamou Yaldabaoth, a “Ignorância-cega”.
Yaldabaoth foi para o caos e elaborou um sistema de criação que era de seu agrado. O criador (Yaldabaoth) e sua hoste (os regentes) mesclaram, então, luz e trevas, para que as trevas parecessem radiantes e, assim, iludissem os olhos. Essa mescla de trevas e luz resultou num mundo imperfeito e fraco, pois as trevas impediram-no de desenvolver um exército de luz, que poderia protege-lo.
Assim, Yaldabaoth permaneceu no centro do sistema do mundo que ele formara, e se tornou arrogante em seu orgulho, exclamando: “Eu sou Deus e não há outro Deus além de mim!”
Dessa forma, ele demonstrou sua ignorância agora do verdadeiro caráter do ser, bem como seu orgulho, pois negou até sua própria mãe. Sophia, no entanto, olhou para ele das alturas e exclamou em voz alta: “proferistes uma falsidade ó Samael!” Foi assim que ele recebeu o nome que o tornara o senhor cego da morte (Samael), e então Sophia o chamou também de Saclas, com o que afirmava a tolice dele.
Sophia, porém, sabendo que sua descendência gerara uma criação a partir de sua própria imagem defeituosa, decidiu ajudar secretamente a luz que estava presente no mundo. Desceu de sua habitação e veio para perto da terra, movendo-se de lá para cá sobre ela, assim outorgando sua sabedoria e amor ao sistema que o tolo criador desenvolvera. Os regentes pensaram que eles, sozinhos, tinham criado e ordenado o mundo, mas o espírito de Sophia contribuiu secretamente para colocar esplêndidos padrões arquetípicos na trama do trabalho deles.
Então uma grande maravilha apareceu nos céus: a forma de um homem, de visão majestosa e gloriosa. O criador Yaldabaoth e sua hoste tremeram e as bases do abismo sacudiram-se e as águas agitaram-se em terror sobre a terra. Tão grande era o brilho do arquétipo humano celestial que apareceu no céu que os regentes foram por ele cegados e não puderam agüentar seu poder. Desviaram os olhos e fixaram o reflexo da forma do homem, conforme essa aparecia nas águas abaixo. Todos os regentes e seus servos correram para perto e, juntando seus poderes, fizeram uma réplica da imagem do homem celestial; mas seu trabalho era defeituoso e fraco, porque a força de Sophia não estava na sua criação. O homem falsificado era estúpido e insensato e se arrastava pela terra como um verme. Sophia, então, enviou vários mensageiros da luz e eles, secretamente, penetraram na mente de Yaldabaoth, fazendo-o respirar sobre a lamentável criatura, desse modo infundindo-lhe vida.
Aquele que criara pensou que era ele quem tinha dotado os homens de vida, mas, na realidade, foi sua mãe Sophia quem deu à humanidade a verdadeira vida. E o homem ficou de pé, caminhou e foi circundado por uma luz não terrestre. Yaldabaoth e sua hoste reconheceram que o homem era, de fato, um ser cujo poder espiritual e inteligência excediam o seu próprio. Cheios de inveja e raiva, eles atacaram o homem cujo nome era Adão e o lançaram na escura região da matéria, para lá definhar em tristeza e privação.
Sophia, entretanto, em cooperação com os mais altos poderes da plenitude, enviou a Adão um auxiliar, para instruí-lo e assisti-lo com sabedoria e força espiritual. Esse auxiliar era uma mulher, conhecida como Eva, mas cujo verdadeiro nome é Zoe, que significa vida (a filha de Pistis-Sophia). O sábio espírito feminino penetrou em Adão e ficou escondido aí, para que os regentes não percebessem a sua presença.Os regentes, então, conspiraram e elaboraram um plano no qual esperavam que o homem poderia cair, e permanecer cativo de seus desígnios.
Eles criaram um jardim, cheio de belezas e delícias da terra, e colocaram Adão no meio dele, fornecendo-lhe todo o tipo de objeto agradável que pudesse desejar. Então eles mandaram Adão comer, pois o alimento do jardim é amargo e sua beleza é perversão, sua delícia é engano e suas árvores são iniquidade, seu fruto é veneno incurável e sua promessa é morte. As belezas e os prazeres oferecidos eram enganosos, corruptos e planejados para mantê-lo cativo dos regentes, sem vontade ou vida própria.
Também colocaram uma árvore no jardim, contendo a vida deles, e proibiram Adão de tocar ou de comer do seu fruto. Eles o enganaram a respeito da árvore, lhe dizendo que sua raiz é amarga e seus ramos são morte, sua sombra é ódio e em sua folhagem está o engano, seu suco é o ungüento da perversidade, seu fruto é mortal e sua seiva é a cobiça; e que ela germina das trevas.
Mas essa árvore é a inteligência-luz. E dizendo tais coisas sobre ela, eles impediram Adão de ver sua plenitude e conhecer a Verdade, fazendo-o ficar preso naquilo que era realmente ruim, e os regentes diziam a Adão ser bom.
Mais uma vez Sophia e os poderes celestiais (na forma de uma serpente) foram em socorro de Adão e o instruíram a comer o fruto daquela árvore e desafiar o regente e seus anjos tirânicos. Ao mesmo tempo, a mulher nasceu de Adão, mas o chefe dos regentes a reconheceu como tendo a luz de Sophia e enfureceu-se. Ele a perseguiu por todo o jardim e, tendo a subjugado, violentou-a e ela concebeu dois filhos dele, Caim e Abel.
Caim tornou-se mestre da terra e da água e dele descendem os homens e mulheres com inclinação para a matéria, ao passo que Abel comandou o ar e o fogo e se tornou o pai dos seres humanos que valorizam a alma e a mente.
Adão, no entanto, percebeu o que o regente tirânico tinha feito e subseqüentemente gerou um filho com o nome de Seth, com inclinação para o espírito, e que se tornou pai daqueles que aspiram pela Gnose e por uma união com espírito.
Os anjos tirânicos, então, observaram, enfurecidos, que a humanidade seguia seu curso e não iria permanecer no paraíso dos tolos, onde aquele que criara queria mantê-los cativos. O chefe dos regentes amaldiçoou especialmente a mulher, que veio a ser a mãe da humanidade e seu destino, bem como o de suas filhas, tem sido difícil desde então.
Entretanto, Eva deu à luz uma filha, chamada Norea, plena de verdadeira Gnose, e que permaneceu na terra por muito tempo como uma ajudante da humanidade, porque era sábia e conhecia os esquemas e más obras dos anjos tirânicos.
Enquanto isso, os homens se multiplicaram, instruídos por Seth e Norea, muitos voltaram à Gnose, assim, os regentes ficaram com poucos homens e mulheres que os aceitavam como divinos e seguiam suas leis. Furiosos, então, desejaram destruir a humanidade, então resolveram provocar um dilúvio. Norea, vendo o que eles iam fazer, instruiu um de seus filhos, Noé, para que ele construísse uma arca onde todos os puros pudessem ser salvos. Então ele, instruído por sua mãe, assim o fez.Os anjos maus, então, assaltaram Norea, desejando violá-la com tinham feito com Eva, sua mãe, mas um grande anjo de luz chamado Eleleth a resgatou e lhe deu forças para continuar sua missão. Assim, com a ajuda de Norea, a partir de seu filho Noé, o esquema dos anjos tirânicos foi frustrado.
Desde então a humanidade tem vivido em conflito e divisão, pois o chefe dos regentes nela semeou cólera. A verdadeira Gnose tornou-se rara e os filhos dos homens aprenderam coisas inúteis e mortas, seu conhecimento tornou-se mundano e corrupto. Mesmo assim a raça humana nunca foi deixada em abandono. Repetidamente os regentes se reuniram e planejaram destruir aqueles seres humanos que não queriam servi-los.
Queriam corromper a raça humana, mesclando sua essência com a humanidade, e assim o fizeram, corrompendo mulheres humanas, fazendo-as ter filhos deles e não do Divino. Devido à multiplicação dos planos perversos e às depredações dos regentes, uma parte da humanidade está contaminada por sua semente, embora todos os homens e mulheres possuam também, a luz de Sophia.
Os regentes são os verdadeiros tiranos. Seu mais profundo desejo é subjugar e reinar sobre a humanidade. Por isso os regentes estão sempre trabalhando, elaborando leis e mandamentos, como os quais possam constranger os filhos dos homens. Mascaram-se como mensageiros da luz, ou mesmo como o próprio Divino, exigindo obediência e adoração. Assim eles iludiram muitos profetas e videntes bem-intencionados.

Porém Sophia nunca deixa de lutar por seus filhos. Eis a visão gnóstica de que o deus criador é um deus inferior e arrogante que tentou copiar para si os mundos celestes e que o paraiso de Adão e Eva é na verdade o paraiso dos sentidos, feito para prendê-los e fazer com que esqueçam sua origem, mas eva, isto é, o aspecto feminino do ser humano (o espirito), mostra à adão (a mente) como se libertar, comendo do fruto da gnosis.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Bibliografia Gnóstica fidedigna



Elaine Pagels, professora de religião na Universidade de Princeton e Ph.D. da Universidade de Harvard. Em Harvard ela fez parte de um grupo que estudou os rolos de Nag Hammadi, dessa experiência resultou a base para o seu primeiro livro Os Evangelhos Gnósticos, Esse livro é uma introdução aos textos de Nag Hammadi para o público leigo e é, desde o seu lançamento, um best-seller. Nos EUA, ganhou os prêmios National Book Critics Circle Award e National Book Award e foi escolhido pela Modern Library como um dos 100 melhores livros do século XX. Escreveu: Os Evangelhos Gnósticos, Adão, Eva e a Serpente, As Origens de Satanás, O Paulo Gnóstico, Além de Toda Crença.
Bentley Layton, Ph.D Harvard, é Professor de Estudos Religiosos e Professor do Oriente Próximo Línguas e Civilizações (copta) na Universidade de Yale (desde 1983).Autoridade reconhecida internacionalmente, em literatura gnóstica. Membro do projeto da UNESCO, CAIRO, que publicou a Biblioteca de Nag Hammadi. Formado em Harvard, "Redescoberta tardia do gnosticismo", foi o título da conferência internacional que ele apresentou na Universidade de Yale em 1980. Seus interesses encontram-se na história do cristianismo desde suas origens até o surgimento do Islã, os estudos gnósticos e copta . Seu livro mais acessível é "As Escrituras Gnósticas", que apresenta parte da literatura gnóstica enigmáticos do cristianismo. Ele apresenta sua seleção de escrituras gnósticas, os escritos de Valentino e seus seguidores, e os escritos relacionados que exibem tendências gnósticas no contexto mais amplo de cristianismo primitivo e do judaísmo helenístico, com introduções generosas e anotações abundantes. Para os especialistas, a gramática copta de Layton é um texto padrão. Ele catalogou todos os manuscritos coptas naBiblioteca Britânica. Ele é membro do conselho da Harvard Theological Review eo Journal of Studies copta.
George Mead Robert Stowe (1863 - 1933) foi um autor, editor, tradutor, e um influente membro da Sociedade Theosophica. Se tornou o secretário pessoal de Helena Pretovna Blavatsky. Escreveu /traduziu as seguintes obras: Simon Magus (1892) Orpheus (1895/6) Pistis Sophia (1896, 1921 ed). Fragments of a Faith Forgotten, (1900) Apollonius of Tyana 1905. from which a selection Thrice Great Hermes: Studies in Hellenistic Theosophy and Gnosis, 3 Volumes (1906), Corpus Hermeticum, The Hymns of Hermes, The Gnosis of the Mind, The Outer Evidence as to the Authority and Authorship of the Gospels, Commentary on the Pymander , The Synoptical Problem The Fourth Gospel Problem, Introduction to Pistis Sophia, Fragments of a Faith Forgotten (London and Benares, 1900; 3rd edition 1931): Introduction to Marcion, Gnostic John the Baptizer: Selections from the Mandæan John-Book (1924), Did Jesus Live 100 BC?, Address read at H.P. Blavatsky's cremation, Concerning H.P.B. Doctrine of the Subtle Body in Western Tradition
James M. Robinson, é professor Emérito de religião, na Universidade de Claremont, Califórnia. É o mais proeminente erudito do século 20, da biblioteca de Nag Hammadi. Obras: The Nag Hammadi Library in English, The Gospel of Jesus, The Sayings Gospel Q in Greek and English, dentre outros….
Stephan A. Hoeller, Ph.D. em filosofia da religião da Universidade de Innsbruck em Áustria, escritor, erudito e líder religioso. Autor de: Gnosticismo, Os Evangelhos Perdidos, A Gnose de Jung, Jung e os evangelhos perdidos.
Jakob Böhme,ou Jacob Boehme, (Alt Seidenberg, 1575 — Görlitz, 17 de Novembro de 1624) foi filósofo e místico cristão alemão,as obras que escreveu são o maior monumento de conhecimentos teogônicos (concernentes ao surgimento dos primeiros princípios em Deus) e cosmogônicos (concernentes à criação do Universo e das criaturas) da história do cristianismo. Autor de: em português, A aurora nascente, A sabedoria divina, A revelação do grande mistério, Os três princípios da essência divina, Quarenta questões sobre a alma.
Plotino(ca. 205 - 270), o pai do neoplatonismo, natural de Licopólis, Egito, foi discípulo de Amônio Sacas e mestre de Porfírio. A influência de Plotino e dos neoplatônicos sobre o pensamento cristão, islâmico e judaico, bem como sobre os pensadores de proa do Renascimento, foi enorme. Foram direta ou indiretamente influenciados por ele, Dionísio Pseudo-Areopagita, Alberto Magno, Dante Alighieri, Mestre Eckhart, João da Cruz, Marsílio Ficino, Pico de la Mirandola, Giordano Bruno, Avicena, Ibn Gabirol, Espinosa, Leibniz. Sua Obra Magistral: Enéadas - 1ª Enéada O Homem e a Moral. 2ª Enéada O Mundo e suas Leis Físicas. 3ª Enéada O Destino e a Providência. 4ª Enéada Contém o referente à Alma. 5ª Enéada O Inteligência. 6ª Enéada O Ser e o Uno.

Hermes Trismegistus, latim: Hermes Trismegistus; em grego Ερμης ο Τρισμεγιστος, "Hermes, o três vezes grande") é o nome dado pelos neoplatônicos, místicos e alquimistas ao deus egípcio Thoth, identificado com o deus grego Hermes. Ambos eram os deuses da escrita e da magia nas respectivas culturas. Hermes era o autor de um conjunto de textos sagrados, "herméticos", contendo ensinamentos sobre artes, ciências e religião e filosofia: O Corpus Hermeticum , datado entre o século I ao século III, representou a fonte de inspiração do pensamento hermético e neoplatônico renascentista. Na época acreditava-se que o texto remontasse à antiguidade egípcia, anterior a Moisés e que nele estivesse contido também o prenúncio do cristianismo. Autor também do Livro dos Mortos, e do mais famoso texto alquímico a "Tábua de Esmeralda".
Huberto Rohden, São Ludgero, 31 de dezembro de 1893 foi um filósofo, educador e teólogo catarinense, radicado em São Paulo. escreveu mais de 100 obras (ao final da vida, condensadas em 65 livros), onde franqueou leitura ecumênica de temáticas espirituais e abordagem espiritualista de questões pertinentes à Pedagogia, Ciência e Filosofia, enfatizando o autoconhecimento, auto-educação e a auto-realização. Propositor da filosofia univérsica, conexão do ser humano com a consciência coletiva do universo e florescimento da essência divina do indivíduo, reconhecendo que deve assumir as conseqüências dos atos e buscar a reforma íntima, sem atribuir à autoridade eclesiástica o poder de eliminar os débitos morais do fiel. Lecionou na Universidade de Princeton, American University, de Washington D.C.(EUA). Alguns dos Livros: Filosofia Cósmica do Evangelho, O Sermão da Montanha, Assim Dizia o Mestre, O Triunfo da Vida sobre a Morte, O Nosso Mestre, Paulo de Tarso, O Cristo Cósmico e os Essênios, O 5o. Evangelho Segundo Tomé (tradução), O Drama Milenar do Cristo e do Anticristo, A Metafísica do Cristianismo, De Alma para Alma, dentre outros....
Raul Branco é membro da Sociedade Teosófica, economista, mora em Brasília Seu despertar espiritual ocorreu aos 49 anos, quando começou a buscar no yoga, no budismo, no vedanta e na teosofia respostas para as incessantes perguntas de seu coração. Descobriu, finalmente, que não precisava buscar longe o que estava perto, ou seja, o cristianismo primitivo pouco conhecido em nossa tradição cristã, dedica-se ao estudo da tradição cristã e do gnosticismo. É autor e ou tradutor dos seguintes Livros: Despertando a Luz Interior, Mensagens dos Mestres? Pistis Sophia, O Hino da Pérola, O Poder Transformador do Cristianismo Primitivo.
Fernando Pessoa, 13 de Junho de 1888 nascia em Lisboa, Gnóstico, possuía ligações a Tradição, com destaque para a Maçonaria e a Rosa-Cruz, havendo inclusive defendido publicamente as organizações iniciáticas, no Diário de Lisboa de 4 de fevereiro de 1935, contra ataques por parte da ditadura do Estado Novo. O seu poema hermético mais conhecido e apreciado entre os estudantes de esoterismo intitula-se "No Túmulo de Christian Rosenkreutz". Deixa escrito o Livro Rosa Cruz.
Marvin Meyer, Ph.D., Claremont Graduate University, é professor de Bíblia e Estudos Cristãos e co-presidente do Departamento de Estudos Religiosos, Chapman University. Ele também é diretor do o Albert Schweitzer Chapman University Institute.Ele é diretor do Projeto dos Textos Mágicos Coptas do Instituto de Antiguidade e Cristianismo, Claremont Graduate University, membro do Seminário Jesus, e um ex-presidente da Society of Biblical Literature (Pacific Coast). Dr. Meyer é o autor de numerosos livros e artigos sobre a civilização greco-romana e religião cristã na antiguidade e da antiguidade tardia, e no Albert Schweitzer é ética de reverência pela vida. Entre seus livros mais recentes são Os Descobrimentos gnóstico (HarperCollins, 2005), Os Evangelhos Gnósticos de Jesus (HarperCollins, 2005), The Unknown provérbios de Jesus (Shambhala, 2005), O Evangelho de Maria (HarperCollins, 2004) e Segredo Evangelhos: Ensaios
sobre Thomas eo Evangelho Secreto de Marcos (T & T Clark International,2003).
Kurt Rudolph .Pesquisador do gnosticismo e Mandeismo.Nascido em Dresden Rudolph estudou teologia protestante, religião , história semitas nas universidades de Greifswald e de Leipzig.Posteriormente, durante seis anos, ele foi assistente de pesquisa , enquanto ele trabalhava em paralelo para o doutorado em teologia e, assim como a história religiosa. Em 1961 ele recebeu sua habilitação em história da religião e religião comparada.Durante seu trabalho na Universidade de Leipzig , Chicago e Marburg e Santa Barbara(University of California), ele adquiriu uma reputação internacional como um conhecedor do gnosticismo e maniqueísmo.Além disso, ele também ocupou-se com o Islão e questões metodológicas em estudos religiosos. Seu livros : O Mandaeans I - O Vandenhoek Mandäerproblem 1960Die Mandäer II - Der Kult Vandenhoek 1961 O Mandaeans II - O culto Vandenhoek1961 Theogonie, Kosmogonie und Anthropogonie in den mandäischen Schriften Vandenhoeck 1965, Cosmogonia teogonia, e antropogonia nos escritos Mandaean Vandenhoeck 1965, Die Gnosis -Wesen und Geschichte einer spätantiken Religion Leipzig 1977, (3. Aufl. Vandenhoeck 1990), O gnosticismo - Natureza e história da religião tardo-antiga, Leipzig 1977, (3 ª ed Vandenhoeck 1990), Gnosis und Spätantike Religionsgeschichte , (gesammelte Aufsätze, Brill 1997, Gnosticismo e antiga história religiosa.
Platão Πλάτων, Plátōn. (Atenas, 428/427– Atenas, 348/347 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental.
Philo (20 aC - 50 dC), também conhecido como Filo de Alexandria ( Grego: Φίλων ὁ Ἀλεξανδρεύς), Judaeus Philo, Judaeus Filo de Alexandria, Yedidia ", Philon" e Philo o judeu, era um judeu helenista, filósofo nascido em Alexandria, Philo utilizado a alegoria para tentar fundir e harmonizar a filosofia grega com a filosofia judaica . Seu método seguiu as práticas de ambas. Sua exegese alegórica era importante para vários Cristãos, mas ele é mal compreendido dentro do judaísmo. "Os sofistas da literalidade", como ele chama os judeus literalista, "abriu os olhos arrogantes",quando ele explicou-lhes as maravilhas de sua exegese. Ele acreditava que interpretações literais da Bíblia hebraica iriam sufocar a visão da humanidade e da percepção de um Deus demasiado complexo e maravilhoso para ser entendida em termos humanos literal.
Sir Isaac Newton, foi cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural.


Zoroastro - Zaratustra

, mais conhecido na versão grega de seu nome, Zωροάστρης (Zoroastres, Zoroastro), foi um profeta nascido na Pérsia (atual Irã), provavelmente em meados do século VII a.C. Ele foi o fundador do Masdeísmo ou Zoroastrismo. Dos 20 aos 30 anos, Zaratustra viveu quase sempre isolado, habitando no alto de uma montanha, em cavernas sagradas. Não ingeria nenhum alimento de origem animal. Em relatos, teria ido ao deserto, onde fora tentado por uma entidade maligna. Após sete anos de solidão completa, regressou ao seu povo, e com a idade de trinta anos recebeu a revelação divina por meio de sete visões ou idéias. Assim começou Zaratustra a sua missão aos trinta anos. Segundo os Masdeístas ele encontrou muita dificuldade para converter as pessoas à sua nova religião. Em dez anos de pregação teve somente um crente: o seu primo. Durante este período, o chamado de Zaratustra foi como uma voz no deserto. Ninguém o escutava. Ninguém o entendia.Foi perseguido e hostilizado pelos sacerdotes e por toda a sorte de inimigos ao longo de dez anos. Os príncipes recusaram dar-lhe apoio e proteção e encarceraram-no porque a sua nova mensagem ameaçava a tradição e causava confusão nas mentes de seus súbditos. Com 40 anos, realizou milagres e preocupava-se com a instrução do povo. Converteu o rei Vishtaspa.Logo em seguida, a corte real seguiu os passos do rei e, mais tarde, o Masdeísmo chegou a ser a religião oficial da Pérsia. Aos 77 anos de idade ele teria morrido assassinado enquanto rezava no templo, diante do fogo sagrado.
João da Cruz, foi um místico e frade carmelita espanhol, famoso por suas poesias místicas. Tendo concluído com êxito seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra sua Primeira Missa. No entanto, ficou muito desiludido pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os Conventos Carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos, ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida religiosa à que se sentia chamado. Em Setembro de 1567 encontra-se com Teresa de Ávila, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres, surgindo posteriormente os carmelitas descalços. O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio. Trocou o nome para João da Cruz. No dia 28 de Novembro de 1568, inicia a Reforma. O desejo de voltar à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações. Em 1577 foi preso por oito meses no cárcere de Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da "Noite escura da alma", da "Subida ao Monte Carmelo", do "Cântico Espiritual" e da "Chama de amor viva".
Teresa de Ávila, Santa Teresa de Ávila ou Teresa de Jesus, foi uma mística, religiosa e escritora espanhola, famosa pela reforma que realizou na Ordem dos Carmelitas e pelas suas obras místicas. Até a chegada dos manuscritos de Santa Teresa, a igreja vivia sob os preceitos do teocentrismo. O que fez esta mulher letrada (uma raríssima exceção para a época), autodidata e visionária foi tirar Deus do centro do universo para colocá-lo no cerne da alma; em outras palavras, trouxe à tona a figura do homem moderno, que vive em busca de si mesmo e está pronto para experiências místicas. Livro da vida é o clássico mais lido pelos espanhóis depois de
Dom Quixote, de Cervantes. Em notável prefácio, escrito especialmente para esta edição, Frei Betto descreve Teresa da seguinte maneira: “Esta monja carmelita do século XVI, ao revolucionar a espiritualidade cristã, incomodou as autoridades eclesiásticas de seu tempo, a ponto de o núncio papal na Espanha, Dom Felipe Sega, denunciá-la, em 1578, como
‘mulher inquieta, errante, desobediente e contumaz’”. É uma das maiores personalidades da mística cristã de todos os tempos. Suas obras, especialmente as mais conhecidas (Livro da Vida, Caminho de Perfeição, Moradas e Fundações), contém uma doutrina que abraça toda a vida da alma, desde os primeiros passos até à intimidade com Deus no centro do Castelo Interior. Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu.
Apolônio de Tiana (em grego: Τυανεα Απολλωνιον; Tiana, 13 de março de 2 a.C) foi um místico, filósofo neo-pitagórico e professor de origem grega. Seus ensinamentos influenciaram o pensamento científico por séculos após a sua morte. A principal fonte sobre a sua biografia é a "Vida de Apolônio", de Flávio Filóstrato, Apolônio é citado nas obras "A Vida de Pitágoras", de Porfírio, e "A Vida Pitagórica", de Jâmblico. Acredita-se ainda que ele seja o personagem "Apolo", citado na Bíblia em Atos dos Apóstolos e I Coríntios. Logo depois que saiu da sua cidade natal Ele ficou conhecido como um neo-pitagórico. Em Nínive, na Babilônia, encontrou Damis, seu inseparável e fiel discípulo. De lá ambos foram para a terra dos encantos, a Índia, e, percorreram a Mongólia e o Tibet, até que atingiram as colinas do Himalaia. Lá Apolônio deixou Damis e partiu só para um mosteiro onde Ele tornou-se o "Senhor portador dos oito poderes da Yoga", que era o mais alto Grau dos mosteiros daquela época, neste momento, dizem, uma áurea de Luz lhe emergiu a cabeça de modo permanente. Depois voltou e se encontrou com Damis e voltaram para a Grécia, onde começou a fase mais intensa de curar doentes, desde do corpo a alma, paralíticos, cegos e até ressuscitar mortos, como aconteceu com uma moça em Roma. Uma das missões de Apolônio foi a de ensinar aos seguidores de Jesus o como manipular as leis da natureza. Alguns documentos dizem, e é verdade, que Apolônio fez milagres idênticos àqueles feitos por Jesus. Também pregava e para ouvi-lo vinham pessoas de lugares distantes. Apolônio, por sua vez, ensinou como usar as leis da natureza, explicou o como eram feitos os milagres Dele e de Jesus, preparou os primeiros cristãos para disporem dos meios de curas. A um não iniciado é possível a aquisição de apenas um trabalho autêntico intitulado Nuctemeron, mas até mesmo dele existem também algumas edições falsas. O título do livro significa: “O Dia de Deus que Resplandece nas Trevas” (O Deus que está “aprisionado” em cada pessoa ainda envolvida em trevas. Isso equivale ao desabrochar da Centelha Crística em cada um, ao desenvolvimento da consciência clara do Mestre de Cada Um).Na obra Nuctemeron os ensinamentos de Apolônio são distribuídos como em um relógio em 12 horas, ou degraus, e a cada hora corresponde uma instrução especial. Os ensinamentos daquela obra são apresentados em linguagem um tanto velada. São ensinamentos de altíssimo nível.
Hans-Joachim Klimkeit foi de 1972 até sua morte, em 1999, professor de estudos religiosos comparados e diretor do Departamento de Religião Comparada na Universidade de Bonn.
e religião comparada e teologia protestante em Tübingen, Bonn e de Harvard.
Seus estudos religiosos grandes áreas de pesquisa foram os orientais maniqueísmo, do Budismo, a Gnose, e o problema orientado a fenomenologia da religião.
Hans Jonas foi um filósofo alemão.Estudou filosofia e teologia em Friburgo, Berlim e Heidelberg, e finalmente se doutorou em Marburg.escreveu abundantemente sobre Gnosticismo, pelo que é igualmente conhecido, interpretando a religião como um ponto ponto de vista existencial filosófico. Jonas foi um dos primeiros autores a escrever uma história detalhada do antigo gnosticismo.
Thomas Edward Lawrence, também conhecido como Lawrence da Arábia, Aurens ou El Aurens, foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata, escritor e místico.Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. A sua fama como herói foi largamente promovida pela reportagem da revolta feita pelo viajante e jornalista americano Lowell Thomas, e ainda devido ao livro autobiográfico de Lawrence, Os Sete Pilares da Sabedoria.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Religião e hipocrisia, o que disse o Mestre Jesus, o Cristo

Hipocrisia é o ato de fingir o que uma pessoa não é, ou não sente, ou não crê.
"Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos." Mestre Jesus, o Cristo (Tiago 1:22)
Em suas apresentações os atores gregos e romanos tinham o costume de usar grandes máscaras, munidos de dispositivos mecânicos para aumentar a força da voz. Assim, a palavra hipócrita (do grego hypokrites), veio a ser usada metaforicamente para descrever o fingimento, o disfarce ou a dissimulação que era representada em palco pelos atores.
Essa é a base do falso orgulho. Alguém gostaria de ser algo significativo. Não sendo isso, o indivíduo apresenta ao público uma fachada de bondade que é falsa ou exagerada. Os sinônimos são a dissimulação, o farisaísmo, o fingimento e a falsa pretensão.
A hipocrisia não é apenas um ato consciente de dissimulação, mas também uma cegueira perversa.

Mestre Jesus o Cristo, advertindo os religiosos hipócritas

• Dizem o que não fazem (Mt 23.3). São adeptos do ditado: “faço o que eu digo mas não faça o que eu faço”. Falam só da boca para fora. Louvam a Deus com os lábios, mas não com o coração (Mt 15.7-9). Sua adoração não é recebida por Deus.

• Cobram dos outros o que eles mesmos não fazem (Mt 23.4). São muito exigentes com os outros, mas frouxos quanto a si mesmos. Enxergam um argueiro no olho dos outros, mas não a trave que está no seu próprio (Mt 7.1-5). Fiscalizam os novos convertidos para cobrar um padrão muito elevado de conduta, de forma que estes se sentem miseráveis (Mt 23.15).

• Valorizam apenas a aparência (Mt 23.25-28). Procuram sentar-se nos primeiros lugares (v6), contrariando a orientação do Senhor (Lc 14.8-11), para serem vistos. Pensam: “quem não é visto não é lembrado”, pois visam cargos, promoções, elogios, etc.

• Buscam agradar aos homens e não a Deus (Mt 23.5). Oram, jejuam, dão esmolas, tudo para obter reconhecimento humano (Mt 6.1-5, 16). Hipócrita é o homem cuja bondade visa agradar não a Deus, mas aos homens. É o homem que se recusa a ajudar um enfermo no sábado, embora não descuide do bem estar-estar de seus animais no mesmo dia (Lc 13.15).

• Visam apenas o proveito próprio (Mt 23.13,14). São egoístas e pensam apenas em si mesmos. Aquele que peca e não reconhece é hipócrita (1 Jo 1.8). Aquele que peca e esconde é hipócrita (1 Jo 1.6). Mestre Jesus, o Cristo repreende a hipocrisia Cristo, em diversas ocasiões repreendeu veementemente a hipocrisia (Mt 6.5-6; 7.4-5; 23.23). Jesus possuía algumas maneiras peculiares de chamar os hipócritas: atadores de fardos nos ombros do outros (Mt 23.4), amantes dos primeiro assentos (Lc 11.13), estorvo da porta do reino dos céus (Mt 23.13), devoradores das casas das viúvas (Mt 23.14), dizimistas de hortelã (Mt 23.23), coadores de mosquito e engolidores de camelos (Mt 23.24), limpadores do exterior dos copos (Mt 23.25), sepulcros caiados (Mt 23.27), serpentes e raça de víboras (Mt 23.33).

O Mestre dirigiu essas palavras aos religiosos da época, os fariseus, com o objetivo de demonstrar a estes a divergência entre o que eles pregavam e o que faziam.

A hipocrisia, no entanto, não é própria somente aos religiosos, mas a todos quantos continuamente permanecem por trás das máscaras da falsidade em suas condutas teatrais.

Assim, côa um mosquito o pai de família que proíbe o namoro de sua filha, porém, engole um camelo pelo fato de possuir uma amante fora do lar, levando uma vida de promiscuidade.

Côa um mosquito o empresário que acusa desenfreadamente o ladrão de bicicletas, porém, engole um camelo com a sonegação fiscal da sua empresa.

Côa um mosquito o político que diz trabalhar em prol da sociedade, porém, engole um camelo ao envolver-se nas teias da corrupção.

Como atores profissionais têm a capacidade de interpretar, fingir, enganar e até chorar se necessário. As máscaras demonstram homens ideais e mulheres perfeitas, cuja aparência é digna de prêmio de integridade.

Porém, chega o momento em que o camelo “entala” nas gargantas. A máscara é removida, quando não estilhaçada. Vislumbra-se, então, o ser humano na sua essência: Arrogância, infidelidade, mentira.

Algumas passagens colocam a hipocrisia ao lado da mentira e calúnia (1 Tm 4.2; 1 Pe 2.1), pois os hipócritas tentam encobrir o pecado lançando uma luz sobre si mesmos, em detrimento da verdade. Deus não aceita a adoração dos hipócritas (Is 1.11-15)

Sinceridade. Sincero vem do latim sinceru. Esta expressão surgiu no período do renascimento, quando artistas não muito habilidosos cobriam os defeitos de suas esculturas usando cera e pó de mármore. Quando o sol derretia a cera os defeitos apareciam. A escultura verdadeira era sem-cera: sincera. O crístico verdadeiro e sincero não aprova a hipocrisia.

Humildade. A hipocrisia é orgulho disfarçado. A solução é a auto-humilhação (Mt 23.12). Aquele que se humilha não procura aparentar quem não é nem busca elogios dos outros. "Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.”(Lucas 14:11) A nossa hipocrisia não engana a Deus.

Há muitos religiosos hipócritas, homens que tentam impressionar os outros com uma fina camada externa de santidade, mas se o interior for visto, ali há pensamentos impuros e motivos impróprios, mas eles sempre tentam esconder dos homens justificando a si mesmos diante dos homens (Lc 16.15).

A hipocrisia entre aqueles que professam ao Mestre Jesus, o Cristo como Salvador continua a ser um obstáculo para os incrédulos. O problema provavelmente nunca foi expresso de forma mais sucinta do que quando Ghandi, da Índia, afirmou sobre a cristandade:

“Gosto do Cristo deles, mas não gosto dos cristãos. Eles são tão pouco parecidos com seu Cristo.”

Devemos abandonar a mentira, o fingimento e a hipocrisia e ser autênticos e verdadeiros. (Ef 4.15, 25). Deus nos conhece como somos e nos ama assim mesmo, mas deseja que sejamos como Ele é. Entretanto, devemos buscar ser quem nós ainda não somos, ser melhores do que somos, progredir na vida espiritual, buscar incessantente nossa Crístificação.

"O que vencer não receberá o dano da segunda morte". (Apocalipse 2:11)

Fernando Pessoa - Rosea Cruz